Diga você me conhece eu já fui boiadeiro Conheço essas trilhas, quilometro, milhas Que vem e que vão Pelo alto sertão
Que agora se chama não mais de sertão Mais de terra vendida, civilização Ventos que arrombam janelas E arrancam porteiras
Espora de prata riscando as fronteiras Selei meu cavalo, matula no fardo Andando ligeiro um abraço apertado E um suspiro dobrado não tem mais sertão
Os caminhos mudam com o tempo Só o tempo muda um coração Segue seu destino boiadeiro Que a boiada foi no caminhão
A fogueira a noite Redes no galpão O paieiro, a moda O Mate, a prosa, a saga,a sina,o causo e onça Tem mais não Oh.. peão
Tempos e vidas compridas pó, poeira, estrada Estórias contida nas encruzilhadas E noites perdidas no meio do mundo Mundão cabeludo onde tudo é floresta e campina silvestre Mundão caba não
Sabe "prum" bom viajante nada é distante "Prum" bom companheiro não conta o dinheiro Existe uma vida Uma vida vivida Sentida e sofrida De vez por inteiro
E esse é o preço "preu" ser brasileiro Os caminhos mudam com o tempo Só o tempo muda um coração Segue seu destino boiadeiro Que a boiada foi no caminhão
A fogueira a noite Redes no galpão O paieiro, a moda O Mate, a prosa,a saga,a sina,o causo e onça Tem mais não Oh...peão
Compositores: Almir Eduardo Melke Sater (Almir Sater) (ABRAMUS), Renato Teixeira de Oliveira (Renato Teixeira) (ABRAMUS)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2006 (10/Mar) e lançado em 1988 (15/Ago)ECAD verificado obra #53059 e fonograma #1034403 em 21/Abr/2024 com dados da UBEM