Quando da brisa no açoite A flor da noite se acurvou Fui encontrar com a maróca meu amor Eu sentir n'alma um golpe duro Quando ao muro já no escuro Meu olhar andou buscando a cara dela e não achou
Minha maróca resolveu prá gosto seu me abandonar Porque o fadista nunca sabe trabalhar Isto é besteira pois da flôr Que brilha e cheira a noite inteira Vem depois a fruta que dá gosto de saborear
Por causa dela sou um rapaz Muito capaz de trabalhar E todos os dias e todas as noites capinar Eu sei carpir porque minh'alma está Arada, loteada, capinada Com as foiçadas desta luz do seu olhar.
Compositor: Composição: Ary Kerney e Mário de AndradePublicado em 1998 e lançado em 1995 (03/Jul)ECAD verificado fonograma #3292068 em 27/Out/2024 com dados da UBEM