É claro que eu quero o clarão da lua É claro que eu quero o branco no preto Preciso, precisamos da verdade nua e crua Mas não vou remendar nosso soneto (Batuco um canto concreto pra balançar o coreto) Por enquanto o nosso canto é entre quatro paredes Como se fosse pecado, como se fosse mortal
(Segredo humano pro fundo das redes Tecendo a hora em que a aurora for geral) Por enquanto estou crucificado e varado Pela lança que não cansa de ferir Mas neste bar no Oeste Nordeste Sul, falo cifrado: "Hello, bandidos! (Bang!) É hora de fugir!"
Mas quando o canto for tão natural como o ato de amar Como andar, respirar, dar a vez à voz dos sentidos Virgem Maria, dama do meu cabaré Quero gozar toda a noite sobre tus pechos dormidos Romã, romã quem dançar, quem deixar a mocidade louca Mas daquela loucura que aventura, a estrada E a estrela do amanhã e aquela felicidade - arma quente (Quem haverá que agüente tanta nudez sem perder a saúde?) A palavra era um dom, era bom, era conosco... Era uma vez Felicidade - arma quente (Com coisa quente é que eu brinco: Take it easy, my brother Charles, Anjo 45)... Tá qualquer coisa meu irmão Mas use o berro e o coração Que a vida vem no fim do mês.
Compositor: Antonio Carlos Belchior (Belchior) (UBC)Editor: Fortaleza (AMAR)Publicado em 2018 (20/Abr)ECAD verificado obra #95090 e fonograma #16325146 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM