Beleza só se tem quando se acende a lamparina Iluminando a alma se entende a própria sina E quando se vê o arame que amarra toda gente Pendendo das estacas sob um sol indiferente
Beleza só depois de uma sangria desatada Aberta na ferida dos perigos do amor E quando se afasta a sombra triste do remorso
Que faz olhar pra dentro para enfrentar a dor Repara este silêncio que se estende da janela
Repassa o teu passado e come o lixo que ele encerra Vagar sem remissão é também parte da questão
Juntar estas migalhas para refazer o pão Não é da natureza que ele surge confeitado Mas é desta tristeza, deste adubo de rancor
Beleza é o temporal que suja e corta uma visão E esmaga qualquer sonho com um grito de pavor.
Compositores: Antonio Jose Soares Brandao (Brandao) (AMAR), Raimundo Fagner Candido Lopes (Fagner) (ABRAMUS)Editor: Oros (ABRAMUS)Administração: Sony Music Publishing Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2012 (21/Mai) e lançado em 1979 (02/Fev)ECAD verificado obra #148864 e fonograma #2477751 em 01/Abr/2024 com dados da UBEM