Ele pegou o baio e como um raio sumiu no atalho Na algibeira tinha um retrato e um baralho Na frente nada, atrás poeira, atrás porteira Atrás da Rita, que foi bonita, que anda bebendo Que anda correndo atrás do tempo e dos rapazes Que eram capazes de ir a fundo, lhe dar o mundo Lhe dar o brilho que as mulheres têm quando casam e lhes dão filhos
Tava perdido, mas é sabido, que nessa hora, só os amigos são quem socorrem José de porre tá com mal feito, Antonio morre daquele jeito tão novo ainda Deixou Benvinda que era linda Pro Zé Calixto que era mal visto Por todo lado ladrão de gado. Ganhou dinheiro, virou posseiro, montou garimpo e anda limpo Perdeu o cheiro que têm os homens quando trabalham E na tocaia é o que se fala que aquela bala era pra ele Não pro parceiro, um violeiro que amava a esmo e era mesmo bom companheiro
E já que agora tá tudo fora, tudo partido e sem sentido Não faz sentido ter na algibeira o seu retrato, o seu baralho É ele e o baio e nada mais.
Compositores: Ivan Guimaraes Lins (Ivan Lins) (ABRAMUS), Vitor Martins (ABRAMUS)Editores: Miramar (ABRAMUS), Oilua (ABRAMUS)Publicado em 1986 (07/Jan) e lançado em 1986ECAD verificado obra #12909 e fonograma #592149 em 13/Abr/2024 com dados da UBEM