Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar Aprendi a dizer não,ver a morte sem chorar E a morte, o destino, tudo, a morte o destino, tudo Estava fora do lugar, eu vivo pra consertar Na boiada já fui boi, mas um dia me montei não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse Que qualquer querer tivesse, porem por necessidade Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laco firme e braco forte Muito gado, muita gente, pela vida segurei Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo E nos sonhos que fui sonhando, as visoes se clareando As visoes se clareando, até que um dia acordei
então não pude seguir valente em lugar tenente O dono de gado e gente, porque gado a gente marca Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente e diferente Se você não concordar não posso me desculpar não canto pra enganar, vou deixar você de lado Vou pegar minha viola, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi,boiadeiro já fui rei não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse Que qualquer querer tivesse, por qualquer coisa de seu Por qualquer coisa de seu,querer mais longe que eu
Compositores: Geraldo Pedrosa de Araujo Dias (Geraldo Vandre) (UBC), Theophilo Augusto de Barros Neto (Theo) (ABRAMUS)Editor: Fermata (UBC)Publicado em 1997 (10/Nov)ECAD verificado obra #922017 e fonograma #508262 em 27/Out/2024 com dados da UBEM